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  • Foto do escritorIlana Majerowicz

Comunidades: Fluxo, Arte e Magia


Eu sempre escutei das pessoas:

Nossa, mas grupo dá muito trabalho! Comunidade dá muito trabalho!


E aí, dentro de mim sempre vem algo como: o que não dá trabalho?


Casamento dá trabalho, filho dá trabalho, empreender dá trabalho, trabalhar dá trabalho, até derrubar árvores na Amazônia dá trabalho…


O ponto é: qual o trabalho que você tá disposto a viver?

Qual o trabalho que faz sentido, qual o trabalho necessário, aquele que se você for ver bem honestamente dentro de você: não tem escolha.


Não é sobre idealismo, tendência, custo-beneficio, pertencimento, a coisa mais correta ou evoluída a fazer, nem sobre segurança e confiança.

Na minha pequena vida, isso foi chegando como um trem me atravessando. Não importa onde eu esteja eu me encontro em comunidade.


Não importa o nome, o lugar, se é Ecovila, se é coliving, se é república, se é condomínio dos amigos, se é escola, associação, coletivo, empresa, casa compartilhada…

Já vivi todos esses formatos. De verdade não importa a forma como as pessoas decidem estar juntas. Mas sei que algo mágico acontece quando pessoas estão juntas em um estado de presença e é essa mágica que sempre me encantou.


É desse tipo de magia que vivo, dessas que só emergem da inteligência coletiva, que está bem além de um EU.


Dessas que a gente acessa com o corpo, a intuição, a conexão com a ancestralidade, com a sensibilidade, com a experiência de vida e pelos saberes, que juntos encontram-se em um outro lugar


Desses momentos em que as singularidades transbordam e viram um oceano. Em que os espelhos se quebram e só fica o fluxo. Seria isso uma experiência espiritual? Talvez… eu também chamo isso de Arte!

E mais uma vez não importa o nome que se dá pra isso. Me interessa estar colada nessa experiência. Me interessa ver onde estão as barreiras dessa represa, comprimindo os fluxos e soltá-las, sem saber pra onde a água vai. Se ela vai descer para um local ainda mais profundo, se ela evapora e vai chover em outro lugar, se ele encontra rios e mar, ou se a gente escolhe tomá-la por inteiro.


É dessa arte ou dessa magia que eu vejo brotar os momentos mais simples e extraordinários da minha vida e algo me diz que não é só dessa vida…

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